Este curso tem por objetivo capacitar a rede pública proporcionando o conhecimento do quadro clínico, manejos, intervenções e possibilidades de inclusão para as pessoas com TEA. O curso foi organizado em seis módulos em parceria entre o Gabinete do Vereador Dr Paulo Viecil, Poder Executivo por meio do Centro Acolher, CCR TEAcolhe e Pensée Clínica Integrada de Atenção em Saúde Mental e Coaching.
A pessoa com autismo tem, como característica de sua própria problemática, dificuldade na interação social, visualizada pela inabilidade em relacionar-se com o outro, característica que traz também problemas de conduta dando uma dimensão complexa e exigindo conhecimento e habilidade dos profissionais. Além disto, com base na incidência relatada na literatura, espera-se que o número de casos de TEA na população de Cruz Alta e região, esteja subdiagnosticado. Sabe-se que quanto mais precoce for o diagnóstico melhor será o prognóstico, por isso é de suma importância iniciar a capacitação na atenção primária (agentes comunitários, enfermagem, postos de saúde, programas de saúde da família), na educação básica municipal (professores, monitores, funcionários de escolas e equipes diretivas) e na assistência social municipal por meio do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).
Essa capacitação refletirá no ambiente familiar, na escola, no convívio social e na autonomia da pessoa com TEA. Por fim, a educação continuada tem se mostrado uma possibilidade de favorecer os fatores mais frágeis da pessoa com autismo: suas habilidades sociais, convívio familiar e possibilidade de preparação na inclusão no mercado de trabalho. Para haver uma mudança de cultura é necessário que os agentes de trabalho da linha de frente conheçam melhor o autismo, incluindo as diferentes abordagens compreensivas que serão apresentadas nessa capacitação, pois elas podem auxiliar a explicar seu funcionamento e definir estratégias, do mesmo modo que a participação e providências de gestores do sistema de saúde e educação públicas, no sentido de prover o que já está escrita na legislação e nos programas de Reabilitação a pessoas com TEA do Ministério da Saúde. Vale ainda salientar que, para que a atenção integral à pessoa com TEA seja efetiva, as ações aqui anunciadas devem estar articuladas a outros pontos de atenção da Rede SUS (atenção básica, especializada e hospitalar), bem como aos serviços de proteção social (centros-dia, residências inclusivas, CRAS e CREAS) e de educação municipal.
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